Um salto

sábado, agosto 17, 2013 § 0

E se uma abstração se mostrar mais concreta do que se podia imaginar?
Talvez devêssemos remontar as peças e entender a imagem formada por este belo quebra-cabeça.
Sim, amo as curvas. Amo o precipício ao fim da estrada, mas amo mais o salto que é preciso dar para alcançar o outro lado dele, a outra beira, o outro limite.
Recomeçar uma estrada desconhecida, um país outro, outra língua, outro pensar.
Reconhecer-me no fundo dos olhos do desconhecido, e enxergar ali um outro eu, um outro "posso", um outro "consigo".
Seu melhor espelho é aquele que você espera que não o seja. É aquela surpresa de se identificar em grãos de terra, em uma fruta suspensa, no olhar de um gato.
Veja o outro, veja o próximo, veja o distante e veja o respiro, veja a vida, veja a mutação, veja a emoção.
Não deposite sua vida em uma linha reta. Ame as curvas, ame o salto.
Remonte seu quebra-cabeça, e veja a abstração te sintetizar.

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