Abandonei muitas conjugações ao longo das páginas.
O chão não existe no passado. É imagem.
O chão não existe no futuro. É projeção.
Amo onde piso, onde estou, o que sou.
Estou aqui, no fim daqui, no começo de mim.
Algumas páginas restantes, porém tantas, tantas a serem preenchidas.
Aprendi a amar o branco, o vazio, o espaço - esta é a proposta. É o início, é o convite. O branco me chama a preenchê-lo, contá-lo, dizê-lo, em conjunto, a contorná-lo, a desenhá-lo, a sê-lo.
Sou este branco quando branco não mais for.
Sou tinta, sou incisão, intervenção. Cometo, cometo cor, cometo ideia, cometo erro, cometo alma.
Coloro tanto, porém tudo se torna tão transparente.
O que sou está aqui, está lá, porém não. Está nos seus olhos, no seu repertório. O que eu sou está em você.
Sejamos todos, sejamos ninguém, sejamos alguém, sejamos além.
Grave esse dia
Há 6 anos