Mostrando postagens com marcador Nasci e agora vou voar. Mostrar todas as postagens

Transcendendo

quarta-feira, agosto 28, 2013 § 0

A transformação é aquele nosso direito primeiro.
É nossa reorganização, a dança dos átomos, realinhando-se em um novo quem.
"Quem" é pouco, se é tudo, se é alguém, se é coisa, se é carne, se é rígido.
Quisera-se transformar-se em coisa, pois és, desde já, seja impermeável.
Seja tudo, seja nada, seja nado, seja ruído.
Transfigure-se, transcenda a si mesmo, seja pele, seja vidro, seja caminho, seja destino.
Retorne, remolde, repita, reforme.
Seja, até não ser mais.
Reencontre-se além, despeça-se de si se percebe que você não existe mais aqui.
Exista outro, esqueça-se, deixe-se, reviva, renasça.
Tu já pegaste fogo, as cinzas já são você. Basta, apenas, se erguer.

Uma paixão análoga

§ 0

Quase passou despercebida aos meus olhos, mas quando a notei, confesso, senti um quê de algo diferente, de exótico, a mistura me excita, o que não se tem nome, o não rotulável, aquele quê de desconhecido, de inalcançável, aquele tom a mais, aquele outro a menos, mais disso, mais daquilo, mas que mistura fenomenal.
Tanto, mas tanto, resumido em algo tão simples. Não é verde, não é amarelo, é amarelo também é verde, é verde mas também tem amarelo, é bela, é simples, é reluzente, acaricia com seu calor embora pudesse ter sido fria, por tão pouco, quase, quase foi outra, mas é ela, é bela, repito e me admiro.
Me corresponderei com ela por muito tempo, ai que felicidade. Não vejo o fim chegar, ela é nova, estará comigo por tanto tempo, um pedaço da luz, um pedaço da natureza, um pedaço de mim.
Ai, vai, diz que sim...

À procura

domingo, agosto 25, 2013 § 0

Encontre-se aqui, encontre-se ali. Encontre-se em si, encontre-se em mi.
Encontre-se assim, encontre-se sem fim, encontre-se em mim, encontre-se jasmim.
Encontre-se dor, encontre-se flor, encontre calor, encontre-se amor.
Encontre-se movimento, encontre-se temperamento, encontre-se envolvimento, encontre-se sentimento.
Encontre-se filosofia, encontre-se ideologia, encontre-se magia, encontre-se harmonia.
Encontre-se.
Encontre-se vida.

DIY

quinta-feira, agosto 22, 2013 § 0

Transcenda, transcenda-o, transcenda-se.
Seu recurso é você.
Você é seu pincel, você é sua cor, você é sua palavra.
Seu melhor pensamento é o sentir.
Seja sincero, seja verdadeiro, seja você.
Eu quero conhecer você.
Eles querem conhecer você.
Você quer conhecer você.
Seu sentimento te edifica.
Seu sentimento te traduz.

Um salto

sábado, agosto 17, 2013 § 0

E se uma abstração se mostrar mais concreta do que se podia imaginar?
Talvez devêssemos remontar as peças e entender a imagem formada por este belo quebra-cabeça.
Sim, amo as curvas. Amo o precipício ao fim da estrada, mas amo mais o salto que é preciso dar para alcançar o outro lado dele, a outra beira, o outro limite.
Recomeçar uma estrada desconhecida, um país outro, outra língua, outro pensar.
Reconhecer-me no fundo dos olhos do desconhecido, e enxergar ali um outro eu, um outro "posso", um outro "consigo".
Seu melhor espelho é aquele que você espera que não o seja. É aquela surpresa de se identificar em grãos de terra, em uma fruta suspensa, no olhar de um gato.
Veja o outro, veja o próximo, veja o distante e veja o respiro, veja a vida, veja a mutação, veja a emoção.
Não deposite sua vida em uma linha reta. Ame as curvas, ame o salto.
Remonte seu quebra-cabeça, e veja a abstração te sintetizar.

Esta palpitação

quinta-feira, fevereiro 07, 2013 § 0

Vem de dentro, vem sem razão, jamais um “não”, eu quero sim, está em mim, sei de antemão que não tem fim, eu quero assim, uma sensação, dessas sem noção, é duro mas é profundo, é minha permissão, meu respiro, minha ação, de onde se nutre, se fortalece, e se percebe uma leve excitação, assim me envolve esta palpitação.

Um esforço básico

terça-feira, junho 12, 2012 § 0

Um esforço, ainda que básico, é bem vindo.
Não há necessidade de preocupação, mas sim de uma ocupação, ainda que básica.
É um bem pequeno e ainda que singelo, mas a intenção é boa e, portanto, reconhecida.
Pequena no tamanho, mas grande de natureza.
O importante é prosseguir, com fé e destreza, para conquistar a confiança dos gigantes que darão passagem.
Um esforço, ainda que básico, é bem vindo, não há dúvida.
Só é preciso acreditar em si mesmo e nas pessoas à sua volta.

O frio

terça-feira, novembro 16, 2010 § 1

O frio sempre acalma as pessoas.

Torna-as mais pacientes.

Pode-se ouvir o som do frio ronronando atrás de nossa nuca com aquela voz rouca envelhecida, dizendo-nos que tenhamos calma, que enxerguemos toda a situação com aquele olhar científico que sempre esquecemos ter.

Ele é aquele nosso familiar querido de grande experiência, dizendo-nos que se formos pacientes, tudo vai ficar bem.

Só o que temos de fazer é confiarmos nas palavras do velho sábio que talvez já tenha visto muito nesse mundo.

De fato, numa hora de necessidade, o frio é sempre alguém em quem podemos confiar.

Ibrikless

terça-feira, agosto 31, 2010 Comments Off

Somente com o cheiro de um bom cigarro e uma suave xícara de café você poderá saber quão prazeroso será seu dia.

Antes Que Você Perceba Ser Humano

sábado, junho 14, 2008 Comments Off

Vou viajar pelo mundo, e abraçar corpos desconhecidos como fossem meus amantes de 20 anos de história.

Entrar em casas às quais nunca fui convidado e me sentar à mesa da cozinha falando sobre a novela local, esperando gentilmente que me sirvam um café, ou, oferendo-me pra tal.

Vou pegar as chaves, ajeitar o banco, e dirigir sem noção de tempo, espaço, vida, universo e tudo o mais, como fosse um jogo de vídeo game, daqueles que a gente senta e não desgruda até ter a certeza de que, enfim, acabou. E depois ainda volta e começa tudo outra vez, com a mesma paixão de antes.

Vou me apaixonar pela morena que cruzar na próxima rua à direita. Me casarei com ela, viveremos felizes para sempre, até quando não quisermos mais. E então me apaixonarei de novo, inconseqüentemente, por outras morenas, morenos, cachorros e alienígenas que a vida jogar sobre mim.

Inconseqüentemente.

Sem parar pra pensar, ou estudar, ou refletir. Apenas ir. Viver. Sem valores e regras e livros e métodos e formatos que tentem aplicar a mim. Sem valores alheios. Vou seguir a vida aos meus valores, ou até sem qualquer valor, ou moral, ou ética, ou qualquer coisa que me limite a... não viver.

Inconseqüentemente.

Vou me preocupar mais em ser feliz. Ignorar os olhares do mundo, e as expectativas sobre quem sou de pessoas que não são eu. Que não são eu. Vou me preocupar em viver.

Inconseqüentemente.

Virarei à esquerda quando tiver de virar à direita, e esperar encontrar o amor como num filme bonitinho onde tudo sempre dá certo. Tirando a parte onde tudo dá certo. Não quero que nada dê certo. Quero que aconteça. E que siga em frente. Quero crescer com cada tropeço, choro e despedidas que tiver de dar nessa vida. Todas as despedidas que tiver de dar nessa vida.

Vou parar de me preocupar em falar o correto, o belo, o esperado, o inteligente. Vou xingar e espernear por aquele que me abandonar, tudo pra crescer, e seguir em frente depois.

Vou virar jogador de futebol.

Talvez a predisposição a ser absolutamente nada do que eu pretendo me faça justamente ser o que eu deva ser. E não compreender de forma alguma o que essa frase diz é absolutamente compreensível e faz totalmente parte da arte de ser o que quiser ser, e ouvir o que quiser ouvir, e viver o que quiser viver.

Vou virar jogador de futebol, e abandonar a língua portuguesa, e cometer os maiores crimes gramaticais.

Será que, talvez, assim a gente se torne uma pessoa feliz?

O que pode me fazer uma pessoa feliz?

Vou aceitar os convites que me fizeram, terminar esse texto, e mostrá-lo a vocês. Talvez, assim, eu me torne uma pessoa feliz.

Flores, Meu Amor

sexta-feira, dezembro 21, 2007 § 0

Porque, você sabe, são flores que trago hoje para você. São clichés, sim, sei bem, mas toda beleza é cliché, porque toda felicidade que existe, existe para todos, e tudo que é belo para todos é cliché. Então, de todas as belezas, escolhi a mais sincera. De todos os clichés, selecionei a dedo o de perfume mais doce, o mais macio e gracioso, o cliché mais gratificante. De todos os clichés, escolhi você. As flores são só para acompanhar.

Rascunhos de Ventos

quinta-feira, outubro 11, 2007 § 0

E ainda que nos chamem de loucos, lhes diremos que o são todos.

E que nos peguem, nos joguem pra cima, e rodopiemos no ar, que cairemos nas pontas dos pés e começaremos a dançar.

Neutro

segunda-feira, agosto 13, 2007 § 0

É tudo sobre a beleza do céu monocromático.
Sobre os pensamentos coloridos escondidos debaixo de nuvens cinzas.
É uma felicidade pessoal, interior. A felicidade da garoa caindo, do vento gelado...

Gotas de memórias. Memórias de amores, de abraços intensos.
O inverno é o pano de fundo.
Se não tivéssemos o frio, nossos beijos não seriam tão quentes.

É a beleza do céu monocromático.
As cores neutras que expressam mais que qualquer vermelho.
É o frio na espinha, arrepiando o corpo todo.

Arrepio de paixão.
Paixão azul, paixão cinza.

Paixão de gotas de chuva.

Ataque de Paz

quarta-feira, agosto 08, 2007 § 0

É tudo sobre aquela sensação gostosinha.

Aquele momentinho só meu, todo encolhido, abraçando as próprias pernas.
Um sorriso de canto de boca, mais sincero que qualquer palavra jamais poderia ser.
Aquela sensação gostosinha de infância, de colorido.

Sou o Super-Homem! Olha minha capa grandona!

Um ataque de ingenuidade, de bondade, de transparência.
Um ataque de paz.

Sou o maior de todos! Vou proteger o mundo! Vou voaar!

Voaaaar!

Para Meu Dia Nascer Feliz

quinta-feira, junho 07, 2007 § 0

Cores

Porque certas vezes é preciso largar mão, parar de se preocupar, parar de enxergar cinza em tudo.

O mundo é colorido demais. Só precisamos ver.

Preto e branco jamais nos levarão a qualquer lugar. Cores saturadas não nos trarão felicidade.

Certas vezes, é preciso enxergar o céu roxo prendendo a respiração, brincando de quem agüenta mais tempo sem respirar. Ou árvores amarelas, se fingindo de ouro, mostrando todo seu brilho.

É preciso enxergar cores mesmo onde não tenha. Porque, se virmos, então terá. Nosso mundo será tão colorido quanto quisermos. Só depende de nós, de nossos olhos, do que queremos ver.

Não podemos deixar o daltonismo nos dominar, e tomar nossa percepção.

O mundo é colorido sim.

E nós iremos ver.

Momento

segunda-feira, julho 10, 2006 § 0

Você precisa ter opções, você precisa ter o mundo.

Você precisa ter a vida em suas mãos, você precisa sentir o frescor da vida, precisa se deliciar com os prazeres da vida.

Você precisa ter a música perfeita às mãos no momento certo; o mundo é feito de momentos certos; a vida é feita de momentos certos.

A vida é feita de momentos.

Portas, Cappuccinos e Dirigíveis

quinta-feira, junho 29, 2006 § 0

E no bar eu entrei, e sentei.

As luzes baixas acompanhavam a música lenta; sua voz me causava uma estranha sensação de calma, de uma forma que não se via desde os tempos das portas de Jim.

Ele cantava no palco, sem palco, calmo como eu, acompanhando aquela guitarra que seguia em algumas notas dedilhadas, que apenas se fazia presente, mas logo se cansou e tomou a posição de destaque, naquele solo egoísta que me lembrava zeppelins no céu.

A música havia terminado, mas... Hey, quem sou eu para me opor à vontade de meus ouvidos?

Dei play novamente, e curti mais uma vez.

...And So Pleasure

domingo, fevereiro 05, 2006 § 0

E me pego numa situação inusitada, fazendo movimentos que não imaginava que faria, dando gritos de acordo com a melodia, minhas pernas esvoaçando pela pista, dançando com o ritmo, eu gritando, e gritando, num êxtase indescritível, sem pensar em nada, apenas sentindo a música atravessando minha veia, pulsando, dançando, cantando, alegre, por todo meu corpo, meus pés rebeldes fugindo de mim, meu coração batendo acompanhando as batidas da bateria piscodélica, naquela música mais psicodélica ainda, me sentindo fora daquele corpo despreparado, me sentindo num outro corpo, em outro lugar, em outro mundo, em outro universo, num universo dançante, que não pára, não pára, não pára...

Momento de Refletir em Prosa

sexta-feira, julho 01, 2005 § 5

Nós precisamos parar. Nós precisamos parar de vez em quando, para olhar as folhas caírem, os carros passarem. Nós precisamos parar um pouco para pensar na vida. Nós precisar parar um pouco de pensar na vida. Nós precisamos dar-nos um descanso físico e psicologico que todos necessitamos. Nós precisamos dar umas férias ao lado esquerdo do nosso cérebro. Nós precisamos parar um pouco para olhar as crianças correrem pelo parque. Nós precisamos parar de olhar para o espelho. Nós precisamos desligar o carro. Nós precisamos guardar as contas à pagar por alguns dias a mais. Nós precisamos sentar, olhar pra frente, e olhar para o nada. Nós precisamos relaxar. Nós precisamos deitar na grama verde e macia, olhar para o céu, e ficar tentando descobrir o que cada nuvem parece. Nós precisamos parar de vez em quando para aproveitar o momento. Esqueçam o famoso "não deixe para amanhã", e deixe para amanhã. De que serviria o hoje se não pudéssemos aproveitá-lo? De que serviria o amanhã, se não pudéssemos deixar algumas coisas para ele? Precisamos enfiar a bunda no sofá, puxar um banquinho para esticar as pernas, pegar o controle da televisão, e deixar o sedentarismo tomar conta. Precisamos tirar um dia para ler aquele livro que começamos há mais de anos, e não tivemos oportunidade para terminá-lo. Precisamos fazer mais uso da cama. Precisamos comprar o travesseiro mais gordo e fofo que tiver, e fazer uso dele durante uma noite calma e confortável que você deseja há anos. Precisamos tirar as pilhas do relógio de parede, e colocar o de pulso dentro da gaveta. Precisamos parar e olhar para a água caindo do céu. Precisamos nos admirar com as coisas mais simples da vida durante pelo menos um dia. Precisamos recuperar aquela curiosidade infantil que tivemos. Precisamos rir das coisas mais obvias possíveis. Precisamos ler aquelas piadas sem graça que nosso avô contava, e soltar uma gargalhada leve e sincera. Precisamos olhar para o bolo queimado, e soltar um sorriso simpático e bem humorado. Precisamos parar de vez em quando para olhar para o chão e ver as formigas passarem com suas folhas. Precisamos seguir essas formigas, até seus formigueiros, na praça. Precisamos achar um banco de pedra na praça e sentarmos. Precisamos sentar no banco, tirar os sapatos, e pisar com os pés descalços naquela grama macia. Precisamos massagear a sola dos nossos pés naquela grama, pensando na música que mais gostamos. Precisamos cantar a música que mais gostamos. Precisamos esticar as pernas e deitar as costas no banco de pedra. Precisamos deitar no banco, olhar para o céu, e fechar os olhos.

Todos os direitos reservados. Tecnologia do Blogger.