De Pesos e Levezas

segunda-feira, fevereiro 18, 2008 Comments Off

- E se nos jogarmos daqui agora?

- Não faria sentido.

- Não é para ter sentido. É para ter uma solução.

- Essa não é a solução.

- É sim. A solução é sempre a mesma. Voar. Isso simplifica tudo. Voar.

- Sim... Voar.

- Então? E se nos jogarmos daqui agora?

- Não faria sentido.

- Não é para ter sentido. É para voar.

- Você não voaria.

- Você não voaria.

- Eu cairia.

- Sim, você cairia. Por quê? Você sabe por que.

- Porque não me faria sentido.

- Você quer, mas não acredita, não te faz sentido... Então você cai. Você cairá. Sim, sempre.

- E te faz sentido?

- Não é pra ter sentido. É pra voar. É a solução. Ir. Ir. Assim, estalando os dedos... Fácil assim.

- Não é fácil assim. Não é leve assim. É sempre mais amplo, complexo... Profundo. Sempre maior. Mais pesado. São muitas questões, muito a se discutir. É muito.

- Todo esse peso que vê é justamente o que te faz cair. Você não conseguirá voar comigo enquanto não se soltar de todas essas correntes, esses pesos, isso tudo aí, tudo isso. Solte-se.

- Mas não faz sentido.

- Não é pra ter sentido. É pra voar. Voe comigo. Voe comigo.

- Afaste-se daí. Venha! Volte aqui! Não faz sentido! Volte!

- Não é pra ter sentido!

- Solte minhas mãos! Não! Não faz sentido!

- Não é pra ter sentido! É pra voar!

- Não faz sentido!

- Pra voar! Voar! Voar!

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