Queria buscar, trazer-me assim, sem fim, as reticências de mim prolongando-me em um eterno "sim", sem precisar me prestar a moldar meu pensamento, deixando meu sentimento ali, disforme, displicente, uma abstração desvalorizada daquilo que sou senão um desejo de ser, transcender-me a um alimento do meu mundo, suas cores nutrindo um desejo de viver, seus sabores agraciando um prazer de ser, de saber poder ter em si as faíscas do reviver, reconhecer ser o próprio condutor do vagão contendo minha vida, sendo transportada até o local ideal para abrir-se em luz, iluminando aquele que sou e aguardo ser, podendo assim crescer recolhendo e reunindo os fragmentos de mim, me tornando enfim eu, talhado em desejos e fixado em pensamentos, deixando que meus sentimentos espalhem-se pelo chão por onde flutuo, impulsionando-me a subir cada vez mais as nuvens que descrevo e desejo que sejam aquela casa formada para abrigar-nos exatamente como somos, seja como for, sem pensar sobre o que nos falta, pois isso não procede.
Somos nós mesmos tudo aquilo que precisamos ter.
Viagem as nuvens
sexta-feira, agosto 10, 2012 § 1


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§ 1 Response to “Viagem as nuvens”
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É... somos nós mesmos tudo aquilo que precisamos ter.
Gostei do jeito contínuo que usaste para expressar-te... sem ponto, feito de pausas-vírgulas.
Vânia