Libertação

domingo, agosto 05, 2012 § 0

O vento passeia as páginas, que dançam embaralhando meus sentimentos, me fazendo correr atrás de minhas cores para descobrir onde estou senão em vários lugares, despido da carne que me envolve, humilde ao mostrar-me cru, abstendo-me dos temperos da ingratidão.
Quero-me assim, livre para sentir, esculpindo meus sentidos em torres de imaginação, perdendo-me pelas florestas do meu coração, carregando em minhas costas apenas a moeda da ignorância pronto para troca-la pelo conhecimento, que me entregam a preço de banana, ocupados demais comercializando toda a materialidade pesada demais para que possamos sequer carregar conosco para onde formos e, acredite, nós vamos embora uma hora e, então, aquele encoberto de bens estará nu, e o nu se verá coberto dos bens da alma, que cuido com carinho levando-a a escola da vida para aprender o que eu posso fazer para que eu possa ser, sem me apressar ou escorregar pela tempestade do caminho.
Vivo da liberdade do pensamento, que planto em meus atos para ver-se aflorar em libertação, ciente de que o sentimento é aquilo que podemos dar, sem precisar esperar o gracejo do cumprimento, sendo nós mesmos a resposta para nossas perguntas.
A verdade é o chão onde pisamos, que pode-se abrir ao mais leve hesitar, tragando-nos para onde não queremos ir, tornando-nos aquilo que não queremos ser.
O que podemos fazer é trilhar, sem precisar enxergar, confiando na escuridão da verdade: de que nascemos para ser feliz, portanto, não precisamos nos preocupar em escolher. Só o que precisamos fazer é sentir.

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