Um encontro

quarta-feira, janeiro 16, 2013 § 0

Quem é ela?
Que injusto de minha parte, me iniciar com uma pergunta, e ainda, uma sem resposta. Não a conheço, talvez possa tê-la visto sem saber que era ela, por isso não posso descrevê-la, não posso narrá-la, posso apenas desejar um dia conhecê-la. Não sei bem quando. Sobre o destino, acredito nele quando eu o desejo, quando espero que realize-se, que me traga o que preciso. Acredito no destino por pura necessidade. Sei que preciso de alguém comigo, e sei que esse alguém é ela, com quem irei trombar num momento oportuno, onde poderei me desculpar apenas para então me apresentar. E então, ela saberá que eu sou ele.
Não. Assim como não sei seu nome, ela também não sabe o meu. Poderemos nos apresentar e ainda assim não nos reconhecermos. Terei de dizer algo bonito, algo agradável, ela retrucará, sei que ela será geniosa, gosto assim, das inalcançáveis, mesmo que estejamos perto, o rosto próximo do dela, ainda assim estarei tão longe. Ela será difícil, não poderei tocá-la até conquistá-la, mas não sei bem como. Não a conheço, não sei seus gostos e desgostos, seus sonhos e seus medos. Talvez seja melhor assim, poderei conhecê-la devagarzinho, saboreando cada sílaba de seu contar. Quero isso, me aproximar, nos tornarmos um. Mal posso esperar.
- Olá, desculpe, não pude deixar de notar você escrevendo. Parece conter tanta paixão enquanto o faz. O que você escreve?
- Dá licença moça, não vê que estou ocupado? Oras.
Como ia dizendo, mal posso esperar o dia em que esse encontro acontecer. Ainda bem que essa moça se foi. Posso continuar a escrever.

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