Me dizem que não sou suficiente
E não sou, se não sei o rap
A responsabilidade que existe
Existe
E se fecha
Clausura
Meu tempo
Um tempo só meu (onde se foi?)
Quero ser
Quero viver
Não se fecha
Me diz
Onde se foi?
O fruto do ambiente em que se vive
Quero viver
Ninguém nos entende
Ninguém nos vê
O obséquio, aquele que não vou, não voltou
Onde está meu ambiente, para que nasça meu fruto?
São árvores secas
São bruxas
Pode voltar, por aquele, o obséquio?
Meu fruto se foi, caiu de maduro, e não estive lá para pegá-lo
Um sol pode vir a cair bem
Somos a planta
Somos as árvores
Somos as bruxas
E os príncipes
Em português, para que se entenda
Que se encontre
Que se encoste
E que não me deixe
Não me esqueça
Não, me ame
Os olhos
Não me esquecem
Não os esqueço
Nosso fruto
Fogem das vozes
Não se enjoa?
Só se repete, e me enjoa
Não se vão, por que?
Um sol pode vir a cair bem, só me repito,
Só me repetem, repitam comigo
Um sol pode vir a cair bem
Poderia ter-me ido
Vão me encontrar
Meu esconderijo
A espinha do movimento
Querem que os salve
Mas ninguém vem me salvar
Só me repito
E não salvo ninguém
Me avisam do que não sei
Nem quero saber
E tenho raiva de quem sabe
Vou virar a natureza
O cheiro da tinta é o quadro vivo
Sou a criança, que ficou
Não voltou
Essa é a resposta
Qual é a próxima pergunta?
Grave esse dia
Há 7 anos