Maqêdo | A Máquina

quarta-feira, junho 06, 2007 § 0

Maqêdo permanece em pé. Mantém um olhar seco, centrado, enquanto alimenta os pombos em sua volta.

Não tem preocupações. Hoje não é dia de preocupações.

Respira com calma, e viaja os olhos pelo chão enfestado de pombos, enquanto pedaços de pão voam de suas mãos.

Não está interessado no que está à sua volta. Não, não hoje.

Maqêdo acredita sinceramente que a única forma de tudo se resolver, é com cada um fazendo sua parte. Ele vê o mundo como uma grande máquina operada por incontáveis pessoas, mas a máquina só funciona quando todos, absolutamente todos, fazem apenas a sua parte, e nada mais. Nenhuma interferência.

Ele acordou, e veio calmo até os pombos. Sabia que nada mais existia no mundo para fazer. Sua parte era aquela. Sua função na Grande Máquina era aquela, então concentrou-se, e fez o melhor que pôde.

Nada mais em volta importava. Não devia se importar. Só devia se concentrar ali, em si mesmo, e em seus pombos.

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