Arte dos Parágrafos Clones

sábado, maio 27, 2006 § 0

Tudo isso aqui parte de um simples e único conceito, que eu carreguei comigo por toda minha vida: o de que nada é igual.

Nada é igual, do sentido literário e absoluto; nada é igual, independentemente do ponto de vista. A igualdade é um item de alguma matéria de exatas. Não há discussão, não há pontos de vista, não há argumentos; há apenas o fato, de que nada é igual, e essa igualdade é absoluta, sem meio-termos, sem "parecido", "semelhante", etc.

Simplesmente, nada é igual.

A partir disso, o que podemos dizer? Sendo que nada é igual, automaticamente, nada é comparável.

Em sentido absoluto. O "nada" aqui, são todas as coisas, seja num pacote completo de suas características, seja individualmente.

Uma obra artística não é comparada à outra, por mais semelhantes que sejam.

Ao pegar uma obra e compará-la diretamente à outra, você abre mão de todas as características diferenciais de ambas as obras, apenas para fazer jus à sua comparação, que, na prática, trata apenas de pequenos detalhes, quando você julga conveniente tratá-los.

Isso é basicamente um desrespeito a obra, por mais miserável que ela seja. Não se deve pegar uma obra e compará-la completa e diretamente a outra, porque, por mais semelhantes que sejam, na comparação, você estará ignorando pontos comparáveis, para dar lugar ao que lhe interessa, ou então estará comparando pontos absurdamente incomparáveis, apenas porque lhe faltou assunto. E tudo isso, apenas para fazer jus ao seu texto crítico/comparativo.

Nada é comparável.

E isso, ao meu ver, é compreesível a partir de quando você compreende que nada é igual. Se nada é igual, como podemos comparar algo?

E tudo aqui se aplica igualmente a pessoas, que são igualmente imcomparáveis. Na verdade, as pessoas são o motivo inicial desse texto; elas é que costumam ser mais comparadas (ironicamente, comparadas por elas mesmas), e é por isso que resolvi vir até aqui escrever isso; até pelo simples fato de que a humanidade é a raça mais diversificada existente, sendo impossível encontrar dois seres humanos absolutamente iguais, sejam achados, sejam criados.

O que novamente me traz à questão de que nada é igual.

Mas tudo isso você já deve ter entendido (e se não entendeu, sugiro que não leia Arte dos Versos Gêmeos).

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